A maioria das pessoas só pensa em cuidar da saúde ou procurar um médico quando já tem algum problema estabelecido, mas se esquecem que algumas doenças consideradas “comuns” são as maiores responsáveis pela perda da qualidade de vida e até mesmo muitos óbitos.
Os problemas de saúde mais comuns aqui no Brasil são aqueles que já enfrentamos há algum tempo e, basicamente, todo mundo conhece. No entanto, muitos não têm cura, o que torna ainda mais importante a busca por hábitos saudáveis para o controle (nas pessoas que já têm as doenças) e, o mais importante: a prevenção.
Confira abaixo quais são eles e de que maneira você pode evitá-los ou mesmo tratá-los!
De acordo com o site da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a estimativa é de que o Brasil tenha cerca de 20 milhões de asmáticos. Todos os anos, ocorrem cerca de 350.000 internações por causa da doença.
Infelizmente, não há uma prevenção para a asma, afinal de contas, ainda não se sabe ao certo qual a causa, que pode ser tanto genética quanto ambiental.
Mas quem tem o problema, pode criar estratégias para reduzir significativamente as crises, o que inclui praticar esportes (a natação é o mais recomendado); ficar longe de locais com poeira, pólen e outros alérgenos; além, é claro, do tratamento com o especialista e o uso de medicamentos se for necessário.
Popularmente conhecido como derrame, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), é a segunda maior causa de morte no Brasil. É bem comum que depois de passar por esse problema o paciente fique com sequelas físicas e cognitivas, como dificuldade na fala e para engolir os alimentos e a perda parcial ou total dos movimentos de alguns membros do corpo.
A boa notícia é que ele pode ser evitado. Cuidados simples como alimentação saudável e prática diária de exercícios físicos são ótimas formas de prevenção.
3. Diabetes
De acordo com um relatório divulgado pela Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil tem quase 17 milhões de pessoas com a doença. Nosso país também é o 3º no ranking mundial com o maior número de crianças diabéticas.
O diabetes tipo 2, muito comum em idosos, pode ser prevenido com atividade física e dieta saudável; que reduzem muito as chances de desenvolver a doença quando chegar a uma idade mais avançada.
Porém, o diabetes tipo 1 é de causa genética e, por isso, não há como prevenir. Mas o paciente pode controlar os níveis de açúcar no sangue por meio do uso de insulina. Além, é claro, de manter uma alimentação pobre em açúcares de elevado nível glicêmico, praticando exercícios e seguindo as recomendações do seu médico.
Mais de 50% da população brasileira está acima do peso e quase 20% está obesa de acordo com o Mapa da Obesidade da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
As causas da obesidade são várias, inclusive há fatores genéticos envolvidos, mas já está comprovado que o estilo de vida costuma ser determinante. Por exemplo, má alimentação, sedentarismo e outras práticas não saudáveis podem contribuir para o excesso de peso. Portanto, há como prevenir.
Para os que já estão obesos, a ajuda profissional de médicos, nutricionistas e educadores físicos é essencial. Para casos mais graves, a cirurgia de redução de estômago pode ser uma alternativa, mas somente o médico poderá avaliar se este é o melhor caminho.
5. Hipertensão arterial
É uma doença crônica que atinge 200 mil brasileiros todos os anos. Sendo que, desse número, 60% são idosos. E, se não for controlada, pode levar ao infarto do miocárdio e ocorrência de um AVC.
Não há uma única causa definida, mas, sabe-se que a alimentação rica em sal e pobre em vegetais, bem como a falta de exercícios físicos são fatores agravantes.
É fundamental que o hipertenso faça um acompanhamento médico contínuo com um clínico geral ou cardiologista, além de adotar hábitos saudáveis.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), somos o país mais depressivo do mundo: são 12 milhões de brasileiros com a doença.
Ao contrário do que muita gente pode pensar, a depressão não é um sentimento ou um estado de espírito, é uma doença multifatorial com causas emocionais e biológicas.
É por isso que buscar ajuda profissional é fundamental, sendo indispensável o acompanhamento com o psicólogo e, nos casos mais graves, também com um psiquiatra.
Da mesma forma que a maioria das doenças, ter um estilo de vida saudável e “leve” contribui para diminuir as chances de desenvolver a doença.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) a estimativa é que entre 2020 e 2022 o nosso país registre cerca de 625 mil novos casos de câncer. Isso sem contar o câncer de pele não melanoma que não é muito agressivo, porém é o mais comum no país com uma projeção de 450 mil novos casos nesse mesmo período.
Ainda não se sabe a causa exata do câncer, mas de acordo com as pesquisas atuais, a doença é consequência de um conjunto de fatores que leva em consideração a genética e também variáveis ambientais como hábitos de vida: alimentação saudável, exercícios, não fumar, entre outros.
Por causa destas variáveis, que impedem a afirmação de que é possível prevenir, os especialistas sempre reforçam a importância de adotar hábitos saudáveis, que são fatores protetores, e buscar o diagnóstico precoce, ou seja: ir ao médico regularmente para fazer um “check up”.
Como você pode perceber, boa parte dos principais problemas de saúde podem ser evitados com a mudança para hábitos de vida saudáveis e aqui também vale aquele velho ditado: é melhor prevenir do que remediar!